3.04.2008

Da amizade ( ou desabafo!)


Bem nobres amigos!( será que posso chama-los assim)...
Descobri que amigos de verdade são muito poucos, pouquissimos posso assim dizer!!!
Não falo de amigos de copo,
Menos ainda de amigos de "tapinhas nas costas",
Nem dos amigos para "saídas na noite", para prazeres EFÉMEROS!
Falo de amigos que se importam com você, amigos que ao invés de dizer que você não vai mudar!
Digam, ele está errado!
Mais ele pode mudar sim!
Mais vamos deixar isso para depois, tenho um poema para compartilhar:

Quando os sonhos morrem,
Quando se está só...
Descobre- se que este mundo é ridículo...
Como um desenho de uma criança de quatro anos.
( só quem verá a beleza é quem a ama, ou ainda tiver o coração puro!)
Já não sei mais amar, e não tenho mais minha inocência!
E o que fazer?
O que pensar???
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Acho que não preciso mais de respostas, só ir embora!!!
Eu acho!!!
N.'.B

E agora Neruda encerra estas linhas:

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.

Escrever, por exemplo: “A noite está estrelada,e tiritam, azuis, os astros, ao longe”.

O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite. Eu a quis, e às vezes ela também me quis...

Em noites como esta eu a tive entre os meus braços. A beijei tantas vezes debaixo o céu infinito.

Ela me quis, às vezes eu também a queria. Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite. Pensar que não a tenho. Sentir que a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela. E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.

Que importa que o meu amor não pudesse guardá-la.A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. Minha alma não se contenta com tê-la perdido.

Como para aproximá-la meu olhar a procura.Meu coração a procura, e ela não está comigo.

A mesma noite que faz branquear as mesmas árvores.Nós, os de então, já não somos os mesmos.

Já não a quero, é verdade, mas quanto a quis.Minha voz procurava o vento para tocar o seu ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. Sua voz, seu corpo claro. Seus olhos infinitos.

Já não a quero, é verdade, mas talvez a quero.É tão curto o amor, e é tão longo o esquecimento.

Porque em noites como esta eu a tive entre os meus braços,minha alma não se contenta com tê-la perdido.

Ainda que esta seja a última dor que ela me causa,e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.

Pablo Neruda


É isso ai quem sabe um dia!!!!
Quem sabe?
N.'.B